"Ergo-me da cadeira com um esforço monstruoso, mas tenho a impressão de que levo a cadeira comigo, e que é mais pesada, porque é a cadeira do subjectivismo." Fernando Pessoa in Livro do Desassossego
quarta-feira, 1 de novembro de 2006
A memória está dentro de um frasco de formol.
Sorvo o formol até à última gota.
A memória fica dentro do frasco, inerte, viscosa, no fundo.
E eu, dentro da memória, fico no fundo do frasco sem formol.
Caneta rollerball sobre papel
3 comentários:
Anónimo
disse...
A memória é um animal que nos embriaga os dias, ora empurrando-nos para a frente ora puxando-nos para trás. Também eu vivo acorrentado aos desígnios da memória, a qual felizmente já teima em falhar. Obrigado pelas comoventes palavras.
3 comentários:
A memória é um animal que nos embriaga os dias, ora empurrando-nos para a frente ora puxando-nos para trás.
Também eu vivo acorrentado aos desígnios da memória, a qual felizmente já teima em falhar.
Obrigado pelas comoventes palavras.
Alcebíades José
:)
e se não fosse a memória como seriamos nós?
Repetíamos os mesmos movimentos como aqueles peixes que dizem só ter uns segundos de memória :)
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