quarta-feira, 25 de outubro de 2006

[NAS PONTAS DA PACIÊNCIA]
caneta rollerball sobre papel

A luz branca arranca-me os olhos.
Dela arranco os teus olhos.
As palavras causam dor.
Não posso dizê-las.
Amarfanho-as…
Falha-me tudo.
Falha-me o grito no meio do silêncio que não conheço.
A memória fura-me os tímpanos.

E nada…..
Nada….
Nada….

Sobretudo,
nada!

Quero nada…….


frio instalado
na
superfície da pele
por dentro
a temperatura
sobe
quente
sangue
sugo
por dentro
sanguessuga
e o frio
instalado na pele
à superfície
por dentro da pele
o sangue
sugado
quente
instalado
por dentro
sobe…………………

1 comentário:

magarça disse...

Como dizes bem essa dor, esse nada...