terça-feira, 19 de maio de 2009

dezanove de maio de dois mil e nove

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dentro do novelo há pontas soltas
às voltas
e cada volta da memória solta um nó
cego
dentro do copo e do corpo nas pontas de um pé quebrável
a cada volta
como se o tempo fugisse solto de um nó
na ponta
dos dedos

se as margens do rio fossem um novelo de água e areia fina
sem margens nem dúvidas
nem pontas soltas
e a memória um nó cego dentro do corpo inquebrável

os meus dedos fugiriam a cada volta
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