Ao entardecer, debruçado pela janela,
E sabendo de soslaio que há campos em frente,
Leio até me arderem os olhos
O livro de Cesário Verde.
Que pena que tenho dele! Ela era um camponês
Que andava preso em liberdade pela cidade.
mas o modo como olhava para as casas,
E o modo como reparava nas ruas,
E a maneira como dava pelas cousas,
É o de quem olha para árvores,
E de quem desce os olhos pela estrada por onde vai andando
E anda a reparar nas flores que há pelos campos...
Por isso ele tinha aquela grande tristeza
Que ele nunca disse bem que tinha,
Mas andava na cidade como quem anda no campo
E triste como esmagar flores em livros
E pôr plantas em jarros...
E sabendo de soslaio que há campos em frente,
Leio até me arderem os olhos
O livro de Cesário Verde.
Que pena que tenho dele! Ela era um camponês
Que andava preso em liberdade pela cidade.
mas o modo como olhava para as casas,
E o modo como reparava nas ruas,
E a maneira como dava pelas cousas,
É o de quem olha para árvores,
E de quem desce os olhos pela estrada por onde vai andando
E anda a reparar nas flores que há pelos campos...
Por isso ele tinha aquela grande tristeza
Que ele nunca disse bem que tinha,
Mas andava na cidade como quem anda no campo
E triste como esmagar flores em livros
E pôr plantas em jarros...
Alberto Caeiro, O Guardador de Rebanhos, 1911-1912
4 comentários:
bom...
antes de mais...
na tua caixa de verificação, escrito a verde: "thipa". o que estas cxs inventam.
é verdade. cesario. como dava atençao ao pormenor das ruas. da luz e das sombras... do escuro das 5 horas...
um cha de menta... um livro.. uma caminhada... castanhas... doce de abobora e requeijao...
um observador
é tao bonito este cesario VERDE
agora...
saiu-me "vinet"
come me enganei saiu
"amili"
às 5 horas o sol brilha na minha cabeça....lá no alto a observar....a meio do caminho
nao sei perder a memoria
ps: "doutl"
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